Carlos Diegues une étoile dans le ciel cinematográfico
O Cinema Novo está de luto mas a obra do mestre continua viva na nossa cultura.
O grande Carlos Diegues (1940 -2025) falece com84 anos, nesta sexta-feira passada 14 de fevereiro de 2025, no Rio de Janeiro.
Diretor, produtor e escritor, Cacá é um dos fundadores do movimento do cinema novo. Na sua carreira artística Diegues nos oferece diversas pérolas cinematográficas. Entre elas, por exemplo, Bye bye Brasil, Deus é brasileiro, Rio 40 graus.
Grande circo místico em Cannes
Em maio de 2018, ele mostra mais uma delas no Festival Internacional de Cinema de Cannes, em sessão especial fora de competição :O grande circo mistico.
Nesse dia o delegado-geral do Festival de Cannes, Thierry Frémaux(*), anuncia entusiasmado o maravilhoso cineasta brasileiro.
E assim Cacá Diegues dedica essa sessão do Grande circo místico ao extraordinário diretor falecido um mês antes : « Ao meu amigo Nelson Pereira Dos Santos, mestre da minha geração », diz Diegues. Em seguida, o maceioense agradece « a todos que o ajudaram a fazer o filme, de atores a produtores. Mas especialmente à produtora Renata Almeida Magalhães », sua esposa.
Entre os atores do longa presentes na sala do Grand Théâtre Lumière em Cannes, estão: Mariana Ximenes, Marcos Frota e Vincent Cassel.
Então o Francês, que adora o Brasil, fala do privilégio de trabalhar nesse filme. « Para mim é um prazer e uma honra participar de um filme do Cacá e ser um dos seus atores… Talvez vocês não os conheçam todos, mas eles são grandes estrelas no Brasil », declara Vincent Cassel.
Carlos Diegues une vie
Mas além de ser cineasta Cacá Diegues é também um Imortal da Academia Brasileira de Letras(**) que, nos domingos, escreve uma coluna no segundo caderno do jornal O GLOBO.
Cacá e sa pluma
E no perfil do Acadêmico se destacam, entre outras, publicadas nas colunas do Globo:
– Histórias que conversam, 09/02/2025 : « Os filmes ‘Ainda estou aqui‘, ‘A semente do fruto sagrado‘ e ‘O brutalista‘ nos fazem pensar através de sentimentos ».
– Alguma coisa, 19/01/2025 : « A vida presta, como diz nossa premiada Fernanda Torres. Ela ainda vai defender o belíssimo filme de Walter Salles nesse Oscar. »
– Tentando ser feliz, 29/12/2024: « A vida não é fácil. O mundo também não. Continuo tentando achar pequenas alegrias para não sucumbir à ideia de que nós, humanos, não demos certo. » –
Pequenas alegrias 25/11/2024 « ‘Ainda estou aqui’ é um filme de sensibilidade única; não há adjetivos suficientes para Fernanda Torres. »
– Efeito Casa Branca, 17/11/2024: « Documentário mostra como aquecimento global virou assunto de ‘comunistas’. O Brasil tem muito a contribuir com o tema. Mas não será furando a foz do Rio Amazonas. »
– Como não falar sobre isso, em 10/11/2024 : « A eleição de Trump é um grave obstáculo para que possamos reinventar nossa relação com a Terra. »
– Brasil e cinema, 13/10/2024 : « O que ouvi Truffaut dizer a propósito de ‘Vidas secas‘ e de Nelson Pereira dos Santos terá reconhecimento geral e universal. »
– Antes que o mundo acabe, 22/09/2024: « Com o recente filme de Walter Salles, certamente pensaremos sobre nossa incapacidade de agirmos sobre o que somos. »
Notas:
(*) Além de direção artistíca do Festival de Cannes, o francês, de Lyon, Thierry Frémaux é cineasta, diretor do Instituto Lumière, e Judoca como o brasileiro Cavi Borges.
(**) Décimo ocupante da Cadeira 7, eleito em 30 de agosto de 2018 na sucessão do Acadêmico Nelson Pereira dos Santos.